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Nunca é tarde para sonhar

Inúmeros são os exemplos de pessoas famosas, que antes de tornarem-se bem sucedidos em suas carreiras, passaram por empregos que não eram suas verdadeiras vocações. Walt Disney, antes de ser o fundador da The Walt Disney Company, foi editor de jornal e chegou a ser demitido, curiosamente, porque “lhe faltava imaginação e não tinha boas idéias”. O cantor Andrea Bocelli trabalhou como advogado de defesa até os 34 anos, após graduar-se em direito na Universidade de Pisa, quando então deixou seu emprego para cantar em tempo integral e tornar-se um dos maiores cantores contemporâneos.

Durga Kami, um nepâles de 68 anos e com 8 netos talvez nunca seja famoso como os exemplos citados acima, mas assim como Disney e Bocelli, resolveu correr atrás de seu sonho: ser professor. Como a maioria das pessoas que saem da zona de conforto, para alcançar seus objetivos, as dificuldades sempre estão em volta. Para estudar, ele precisa caminhar uma hora para ir e voltar todos os dias, seis vezes por semana.

Kami nasceu Dalit, a casta mais inferior da sociedade nepalesa e por isso não conseguiu completar os estudos quando era jovem e a morte de sua mulher lhe inspirou para retornar aos estudos, já que segundo ele vai à escola para esquecer a tristeza. A mentora para que seguisse atrás de seu sonho foi uma professora que lhe fez a proposta, fornecendo material escolar e uniforme.

Seu objetivo, quando virar professor, é levar a educação a outros Dalit e inspirar outras pessoas mais velhas a recuperar o tempo que ficaram sem acesso aos estudos. Segundo Sagar Thapa, um colega de classe de Kami, no começo foi estranho a presença de alguém com a idade do idoso, mas com o tempo passou a gostar da companhia. O jovem conta que os outros alunos ajudam Kami a se superar.

“Baa”, como Kami é também conhecido pelos colegas (que significa “pai”), participa de todas as atividades, inclusive dos jogos de volêi e frequentar o que equivale ao nosso 9º ano. Ele aproveita a agitação dos cerca de 200 jovens que frequentam a escola, diferentemente do silêncio do local onde mora, que muitas vezes, sofre até com a falta de luz.

 

Fontes: Hypeness 

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